εἴ τις οὖν ταῦτα λέγοι, πολλῇ δοκεῖ μοι τῇ αἰσθήσει χρῆσθαι καὶ διὰ τοῦτο τὸ δραστήριον τοῦ χρόνου μὴ συννοεῖν, ἀλλὰ τὴν μὲν κατὰ τόπον μεταβολὴν ἅτε ὑπ’ αἴσθησιν τοῦ τόπου πίπτοντος ὁμολογεῖν, τὴν δὲ κατὰ χρόνον ἀπαγορεύειν ὡς οὐχ ὁρωμένου τοῦ χρόνου. καίτοι χρῆν ἐννοεῖν, ὅτι δρᾷ τι ἑκάστοτε εἰς ἡμᾶς ὁ χρόνος:— κατὰ τὴν χρονικὴν συνέμφασιν τοῦ περυσινοῦ καὶ τοῦ τητινοῦ. E se alguém dissesse que apesar de fazer uso da percepção de uma forma aguda, πολλῇ, mesmo assim não conseguia compreender o elemento activo do tempo (nem o que ele faz), mas dissesse que apenas podia registar na sensação a mudança de lugar, quando uma coisa troca de lugar, e que tinha de negar a mudança no tempo, porque ela não podia ser vista? Ainda assim é preciso compreender de forma intrínseca, ἐννοεῖν, que é que o tempo nos faz sempre de cada vez a respeito do que quer que seja. A passagem do ano transacto para o ano em curso indica, de forma concomitante, a mudança crónica que lhe está na base .
Simplicius, In Aristotelis physicorum libros commentaria, p. 411.
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