Edição brasileira:
Versão alemã:
http://www.geocities.jp/mickindex/wittgenstein/witt_pu_gm.html#LocalLink-c10
• Uma divisão possível
(João José R. L. de Almeida)
(João José R. L. de Almeida)
1) §§ 1-27a: a assim chamada “concepção agostiniana da linguagem”, e a discussão crítica de diferentes concepções ostensivas da linguagem.
2) §§ 27b-64: discussão sobre os nomes, as definições do simples e do complexo, e o seu papel na definição da linguagem ostensiva.
3) §§ 65-88: discussão sobre a analiticidade de proposições complexas, comparação entre linguagem e jogos.
4) §§ 89-108: discussão sobre o papel da lógica como fundamento da investigação linguística, e crítica à ideia de que a linguagem tenha uma “essência”.
3) §§ 65-88: discussão sobre a analiticidade de proposições complexas, comparação entre linguagem e jogos.
4) §§ 89-108: discussão sobre o papel da lógica como fundamento da investigação linguística, e crítica à ideia de que a linguagem tenha uma “essência”.
5) §§ 109-133: visão sobre o papel da filosofia, seus métodos e sua relação com a linguagem.
6) §§ 133-142: investigação sobre o que supostamente significa “compreender” em vários tipos de casos.
7) §§ 143-155: “compreender” relacionado a “saber” e a “conhecer”.
8) §§ 156-171: o jogo de linguagem da leitura.
6) §§ 133-142: investigação sobre o que supostamente significa “compreender” em vários tipos de casos.
7) §§ 143-155: “compreender” relacionado a “saber” e a “conhecer”.
8) §§ 156-171: o jogo de linguagem da leitura.
9) §§ 172-178: a experiência de ser guiado por alguém ou alguma coisa.
10) §§ 179-184: como dar prosseguimento a alguma regra.
11) §§ 185-242: uso de regras para a compreensão de séries aritméticas, discussão sobre a determinação no seguimento de regras, diferença entre regra e interpretação de regra.
12) §§ 243-315: investigação sobre argumentos acerca de uma suposta linguagem privada.
10) §§ 179-184: como dar prosseguimento a alguma regra.
11) §§ 185-242: uso de regras para a compreensão de séries aritméticas, discussão sobre a determinação no seguimento de regras, diferença entre regra e interpretação de regra.
12) §§ 243-315: investigação sobre argumentos acerca de uma suposta linguagem privada.
13) §§ 316-362: discussão sobre os conceitos de “pensamento” e de “pensar”.
14) §§ 363-397: investigação sobre os conceitos de “imaginação/representação” e de “imaginar/imagem”.
15) §§ 398-427: a experiência dos sentidos e a imaginação, consciência e autoconsciência.
16) §§ 428-465: o pensamento e a sua articulação com a realidade; o desejo, a expectativa, o significar e a sua realização.
14) §§ 363-397: investigação sobre os conceitos de “imaginação/representação” e de “imaginar/imagem”.
15) §§ 398-427: a experiência dos sentidos e a imaginação, consciência e autoconsciência.
16) §§ 428-465: o pensamento e a sua articulação com a realidade; o desejo, a expectativa, o significar e a sua realização.
17) §§ 466-490: discussão sobre o propósito do pensar e a natureza das crenças e dos juízos.
18) §§ 491-570: as funções da linguagem, a natureza do sentido e da compreensão, a compreensão de fisionomias, a natureza da negação, e a associação entre conceito e interesse.
19) §§ 571-610: expectativa, esperança, crença, reconhecimento, avaliação do tempo, descrição de fatos intangíveis.
18) §§ 491-570: as funções da linguagem, a natureza do sentido e da compreensão, a compreensão de fisionomias, a natureza da negação, e a associação entre conceito e interesse.
19) §§ 571-610: expectativa, esperança, crença, reconhecimento, avaliação do tempo, descrição de fatos intangíveis.
20) §§ 611-628: vontade e ação voluntária.
21) §§ 629-660: intenções e ação intencional.
22) §§ 661-693: significar algo com as palavras ou com gestos, ter algo em mente.
21) §§ 629-660: intenções e ação intencional.
22) §§ 661-693: significar algo com as palavras ou com gestos, ter algo em mente.
Wir führen die Wörter von ihrer metaphysischen auf ihre alltägliche Verwendung zurück“ (PU 116).
Conceitos alienados do seu contexto tradicional, jogo de linguagem, injustificadamente aplicados a outro contexto. A solução para um problema filosófico é muitas vezes expor uma transferência tão injustificada: "Nós reconduzimos as palavras da sua aplicação metafísica para o seu uso quotidiano" (IF 116).
Considere, por exemplo, os processos que chamamos de “jogos”. Quero dizer, jogos de tabuleiro, de carta, com bola, de combate, e assim por diante. O que todos eles têm em comum? – Não digas: “Tem de haver para eles algo em comum, senão eles não se chamariam ‘jogos’” – mas vê se todas as coisas são comuns para eles. – Pois se os examinares, não vai ver, na realidade, algo que todos tenham em comum, mas semelhanças, parentescos, e, na realidade, toda uma série dessas coisas. Como foi dito: não penses, olha! – Examina, por exemplo, os jogos de tabuleiro com os seus múltiplos parentescos. Passa agora para os jogos de cartas: aqui encontras muitas correspondências com aquela primeira classe, mas muitos traços comuns desaparecem e outros surgem. Se passarmos agora para os jogos com bola, então muitas coisas em comum ficam preservadas, mas muitas se perdem. – Eles são todos ‘divertidos’? Compara o xadrez com jogo do moinho. Ou há em qualquer lugar um ganhar e perder, ou uma competição de jogadores? Pense no jogo de paciência. Nos jogos com bola há ganhar e perder; mas quando uma criança arremessa a bola na parede e a pega de novo, então esse traço se perde. Veja que papel cumprem a habilidade e a sorte. E como é diferente a habilidade no jogo de xadrez e no jogo de tênis. Pense agora nas brincadeiras de roda: Aqui está o elemento da diversão, mas quantos dos outros traços característicos são perdidos! E assim podemos percorrer muitos, muitos outros grupos de jogos. Ver surgir e desaparecer semelhanças.
E o resultado dessa observação é agora: vemos uma complicada rede de semelhanças que se sobrepõem e se cruzam mutuamente. Semelhanças no grande e no pequeno.
(IF 66 João José R. L. de Almeida)
• Linguagem privada
„Die Wörter dieser Sprache sollen sich auf das beziehen, wovon nur der Sprechende wissen kann; auf seine unmittelbaren, privaten Empfindungen.“ As palavras desta linguagem referem-se apenas ao que o enunciante pode saber; às suas sensações privadas, imediatas (PU 243)
„Angenommen, es hätte jeder eine Schachtel, darin wäre etwas, was wir ‚Käfer‘ nennen. Niemand kann je in die Schachtel des Anderen schauen, und jeder sagt, er wisse nur vom Anblick seines Käfers, was ein Käfer ist. […] Das Ding in der Schachtel gehört überhaupt nicht zum Sprachspiel, auch nicht einmal als ein Etwas, denn die Schachtel könnte auch leer sein“ (PU 293).
Um fenómeno privado só se deixa traduzir num contexto intersubjective.
• Linguagem privada (cont.)
Se digo de mim mesmo que só sei pelo caso próprio o que a palavra “dor” significa, não tenho que dizer isso também dos outros? E como posso, então, generalizar um caso de um modo tão irresponsável? Bem, cada um me diz de si que ele só sabe o que é a dor a partir de si mesmo! — Suponhamos que cada um tivesse uma caixa na qual estivesse algo que chamamos “besouro”. Ninguém pode olhar para a caixa do outro; e cada um diz que só sabe o que é um besouro pela visão do seu besouro. – Poderia até ser que cada um tivesse outra coisa em sua caixa. Sim, pode-se imaginar que essa coisa mudasse constantemente. – Mas e se, agora, a palavra “besouro” desse povo tivesse um uso? – Então ele não seria o da descrição de uma coisa. A coisa na caixa não pertence de nenhum modo ao jogo de linguagem; nem sequer como um algo: pois a caixa poderia até estar vazia. – Não, pode- se ‘dar uma abreviação’ por meio dessa coisa na caixa; suprime- se, seja lá o que for. Isso quer dizer: quando se constrói a gramática da expressão da sensação segundo o modelo de ‘objeto e designação’, então cai fora da observação o objeto, como irrelevante.
„Ein innerer Vorgang bedarf äußerer Kriterien (Um acontecimento interno requer critérios exteriores)“(PU 580).
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