quinta-feira, 22 de março de 2018

TFA, 5ª feira, 22 de Março, 2018. Textos.

(132)   Τὸν δὲ φυσικὸν λόγον διαιροῦσιν εἴς τε τὸν περὶ σωμάτων
τόπον καὶ περὶ ἀρχῶν καὶ στοιχείων καὶ θεῶν καὶ περάτων καὶ
τόπου καὶ κενοῦκαὶ οὕτω μὲν εἰδικῶςγενικῶς δ’ εἰς τρεῖς
τόπουςτόν τε περὶ κόσμου καὶ τὸν περὶ τῶν στοιχείων καὶ
τρίτον τὸν αἰτιολογικόν.   (5)
  Τὸν δὲ περὶ τοῦ κόσμου διαιρεῖσθαί φασιν εἰς δύο μέρημιᾷ
γὰρ σκέψει ἐπικοινωνεῖν αὐτοῦ καὶ τοὺς ἀπὸ τῶν μαθημάτων,
καθ’ ἣν ζητοῦσι περί τε τῶν ἀπλανῶν καὶ τῶν πλανωμένωνοἷον
εἰ  ἥλιός ἐστι τηλικοῦτος ἡλίκος φαίνεταικαὶ ὁμοίως εἰ 
σελήνηκαὶ περὶ δινήσεως καὶ τῶν ὁμοίων τούτοις ζητημάτων.   (10)
(133) ἑτέραν δ’ αὐτοῦ σκέψιν εἶναι ἥτις μόνοις τοῖς φυσικοῖς ἐπιβάλλει,
 καθ’ ἣν ζητεῖται  τ’ οὐσία αὐτοῦ [καὶ εἰ  ἥλιος καὶ οἱ ἀστέρες
ἐξ ὕλης καὶ εἴδους] καὶ εἰ γενητὸς  ἀγένητος καὶ εἰ ἔμψυχος 
ἄψυχος καὶ εἰ φθαρτὸς  ἄφθαρτος καὶ εἰ προνοίᾳ διοικεῖται καὶ
περὶ τῶν λοιπῶντόν τ’ αἰτιολογικὸν εἶναι καὶ αὐτὸν διμερῆ· @1   (5)
μιᾷ δ’ αὐτοῦ ἐπισκέψει ἐπικοινωνεῖν τὴν τῶν ἰατρῶν ζήτησιν,
καθ’ ἣν ζητοῦσι περί τε τοῦ ἡγεμονικοῦ τῆς ψυχῆς καὶ τῶν ἐν
ψυχῇ γινομένων καὶ περὶ σπερμάτων καὶ τῶν τούτοις ὁμοίων·
τοῦ δ’ ἑτέρου καὶ τοὺς ἀπὸ τῶν μαθημάτων ἀντιποιεῖσθαιοἷον
πῶς ὁρῶμεντίς  αἰτία τῆς κατοπτρικῆς φαντασίαςὅπως νέφη   (10)
συνίσταταιβρονταὶ καὶ ἴριδες καὶ ἅλως καὶ κομῆται καὶ τὰ
παραπλήσια.
11.1 DL 7.132-133

Os estoicos dividem o horizonte dos fenómenos físicos no tópico
Que se refere aos corpos, em primeiro lugar ao estudo dos princípios,
Depois dos elementos, dos deuses e dos limites, do lugar e do vazio. Dividem assim a física em áreas específicas. Mas também a dividem genericamente em três áreas: a que se refere ao cosmos, a que se refere aos elementos e a etologia. Afirmam que a área que se refere ao cosmos se divide em duas partes, pois os matemáticos tÊm em comum com os físicos um único exame do cosmos: exame em virtude do qual investigam não apenas as estrelas fixas mas também as errantes (os planetas), por exemplo, se o sol é tão grande como parece, e se do mesmo modo se passa com a lua. As suas investigações referem-se à rotação dos astros e a assuntos semelhantes a estes. Todavia, há outro exame do cosmos que unicamente diz respeito aos físicos, exame em virtude do qual se investiga não apenas a sua substância mas também se o sol e os astros se compõem de matéria e forma, e se o cosmos é gerado ou não é gerado, animado ou não animado, corruptível ou incorruptível, se é administrado pela providência, etc., etc.. A área de investigação causal também têm duas partes: a investigação dos médicos tem em comum con a física uma só via de investigação. Em virtude da dita vía de investigação, os físicos investigam sobretudo o conductor da alma, sobre o que sucede na alma, sobre as sementes e outros assuntos semelhantes a estes. Os matemáticos também reivindicam a outra parte da etologia. Por exemplo, como vemos qual é a causa da imagem do espelho, como se formam as nuvens, os trovões, os arco-íris, os discos do sol e da lua, os cometas e os fenómenos semelhantes.

(1025b) Ε3-10   

  Αἱ ἀρχαὶ καὶ τὰ αἴτια ζητεῖται τῶν ὄντωνδῆλον δὲ    (3)
ὅτι  ὄνταἔστι γάρ τι αἴτιον ὑγιείας καὶ εὐεξίαςκαὶ τῶν
μαθηματικῶν εἰσὶν ἀρχαὶ καὶ στοιχεῖα καὶ αἴτιακαὶ ὅλως    (5)
δὲ πᾶσα ἐπιστήμη διανοητικὴ  μετέχουσά τι διανοίας περὶ 
αἰτίας καὶ ἀρχάς ἐστιν  ἀκριβεστέρας  ἁπλουστέρας. ἀλλὰ 
πᾶσαι αὗται περὶ ὄν τι καὶ γένος τι περιγραψάμεναι περὶ 
τούτου πραγματεύονταιἀλλ’ οὐχὶ περὶ ὄντος ἁπλῶς οὐδὲ  
ὄνοὐδὲ τοῦ τί ἐστιν οὐθένα λόγον ποιοῦνται


"Nós estamos à procura dos princípios e das causas das coisas que existem, e obviamente deles enquanto sendo o que são. Porque, enquanto há uma causa de saúde e de boa condição, e os objetos da matemática têm primeiros princípios e elementos e causas, e em geral, toda ciência que resulta de um pensamento teórico ou envolve um pensamento teórico lida com causas e princípios, mais ou menos precisos. Todas essas ciências circunscrevem algum ser particular e algum género determinado, e investigam isso, mas não se preocupam com o ser que simplesmente existe sem qualificação nem por onde vem a ser justamente o que é, nem produzem nenhuma definição do que é a essência de um ente.”

ἐπεὶ δὲ καὶ 
φυσικὴ ἐπιστήμη τυγχάνει οὖσα περὶ γένος τι τοῦ ὄντος (περὶ
γὰρ τὴν τοιαύτην ἐστὶν οὐσίαν ἐν   ἀρχὴ τῆς κινήσεως καὶ    (20)
στάσεως ἐν αὐτῇ)δῆλον ὅτι οὔτε πρακτική ἐστιν οὔτε ποιητική 
(τῶν μὲν γὰρ ποιητῶν ἐν τῷ ποιοῦντι  ἀρχή νοῦς  τέ-
χνη  δύναμίς τιςτῶν δὲ πρακτῶν ἐν τῷ πράττοντι
προαίρεσις· τὸ αὐτὸ γὰρ τὸ πρακτὸν καὶ προαιρετόν)
ὥστε εἰ πᾶσα διάνοια  πρακτικὴ  ποιητικὴ  θεωρητική,    (25)
 φυσικὴ θεωρητική τις ἂν εἴηἀλλὰ θεωρητικὴ περὶ τοιοῦ- 
τον ὂν  ἐστι δυνατὸν κινεῖσθαικαὶ περὶ οὐσίαν τὴν κατὰ
τὸν λόγον ὡς ἐπὶ τὸ πολὺ ὡς οὐ χωριστὴν μόνον
Ibid.: 18-28

ἔστι δὲ τῶν ὁριζομένων   (30)
καὶ τῶν τί ἐστι τὰ μὲν ὡς τὸ σιμὸν τὰ δ’ ὡς τὸ κοῖ-
λονδιαφέρει δὲ ταῦτα ὅτι τὸ μὲν σιμὸν συνειλημμένον ἐστὶ 
μετὰ τῆς ὕλης (ἔστι γὰρ τὸ σιμὸν κοίλη ῥίς) δὲ κοιλό- 
της ἄνευ ὕλης αἰσθητῆςεἰ δὴ πάντα τὰ φυσικὰ ὁμοίως τῷ
(1026a) σιμῷ λέγονταιοἷον ῥὶς ὀφθαλμὸς πρόσωπον σὰρξ ὀστοῦν
ὅλως ζῷονφύλλον ῥίζα φλοιόςὅλως φυτόν (οὐθενὸς
γὰρ ἄνευ κινήσεως  λόγος αὐτῶνἀλλ’ ἀεὶ ἔχει ὕλην)
δῆλον πῶς δεῖ ἐν τοῖς φυσικοῖς τὸ τί ἐστι ζητεῖν καὶ ὁρίζε-
σθαικαὶ διότι καὶ περὶ ψυχῆς ἐνίας θεωρῆσαι τοῦ φυσικοῦ,   (5)
ὅση μὴ ἄνευ τῆς ὕλης ἐστίνὅτι μὲν οὖν  φυσικὴ θεωρη-
τική ἐστιφανερὸν ἐκ τούτων· 

Das coisas definidas, ou seja, de "o que é", algumas são como "achatado" e outras como o "côncavo". E estes diferem porque "achatado" está ligado à matéria (pois o que é achatado é um nariz côncavo), enquanto a concavidade é independente da matéria perceptível. Se, então, todas as coisas naturais são análogas ao ser achatado na sua natureza; por exemplo. nariz, olho, cara, carne, osso e, em geral, animal; folha, raiz, casca, e, em geral, planta (pois nenhum destes entes pode ser definido sem referência ao movimento - eles têm sempre matéria), é claro como devemos procurar e definir o 'o quê' no caso de objetos naturais , e também que pertence ao estudante da natureza estudar até mesmo a alma em certo sentido, isto é, estudá-la ou estudar o que nela ocorre enquanto não é independente da matéria.

ἀλλ’ ἔστι καὶ  μαθημα- 
τικὴ θεωρητική· ἀλλ’ εἰ ἀκινήτων καὶ χωριστῶν ἐστίνῦν
ἄδηλονὅτι μέντοι ἔνια μαθήματα  ἀκίνητα καὶ  χωρι- 
στὰ θεωρεῖδῆλονεἰ δέ τί ἐστιν ἀΐδιον καὶ ἀκίνητον καὶ    (10)
χωριστόνφανερὸν ὅτι θεωρητικῆς τὸ γνῶναιοὐ μέντοι φυ- @1 
σικῆς γε (περὶ κινητῶν γάρ τινων  φυσική) οὐδὲ μαθημα- 
τικῆςἀλλὰ προτέρας ἀμφοῖν μὲν γὰρ φυσικὴ περὶ 
χωριστὰ μὲν ἀλλ’ οὐκ ἀκίνητατῆς δὲ μαθηματικῆς ἔνια
περὶ ἀκίνητα μὲν οὐ χωριστὰ δὲ ἴσως ἀλλ’ ὡς ἐν ὕλῃ·     (15)
δὲ πρώτη καὶ περὶ χωριστὰ καὶ ἀκίνηταἀνάγκη δὲ πάντα
μὲν τὰ αἴτια ἀΐδια εἶναιμάλιστα δὲ ταῦτα· ταῦτα γὰρ 
αἴτια τοῖς φανεροῖς τῶν θείωνὥστε τρεῖς ἂν εἶεν φιλοσο-
φίαι θεωρητικαίμαθηματικήφυσικήθεολογική


A física, então, é uma ciência teórica, o que é evidente a partir destas considerações. A matemática também. No entanto, é teórica. Mas se seus objetos são imóveis e separáveis da matéria, de momento não está claro. Ainda assim, é claro que alguns teoremas matemáticos consideram os objectos estudados pela matemática como imóveis e separáveis da matéria. Mas se há algo que é eterno, imóvel e separável, claramente o conhecimento desse algo pertence a uma ciência teórica, não, contudo, à física (porque a física lida com certas coisas móveis) nem à matemática, mas a uma ciência anterior à física e à matemática. Pois a física lida com coisas que existem separadamente, mas não são imóveis, e algumas partes da matemática lidam com coisas que são imóveis, mas presumivelmente não existem separadamente, mas como incorporadas na matéria. Enquanto a primeira ciência lida com coisas que existem separadamente e são imovíveis. Ora todas as causas devem ser eternas, sobretudo, estas. Pois são as causas que operam em grande parte para que o divino nos aparece. Há, assim, três filosofias teóricas, matemática, física e o que podemos chamar de teologia.

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