TFA 4
06-03-2018
Lógica, Dialéctica e Retórica
- Retórica filosófica
(Pl. Gor.)
Quando Sócrates pergunta pela grande utilidade da retórica, μεγάλη χρεία, responde que
deve ser a de “fazer cada um olhar por si para que não perpetre nenhuma
injustiça, porque conduziria a um grande mal, αὐτὸν ἑαυτὸν μάλιστα φυλάττειν ὅπως μὴ δικήσει, ὡς ἱκανὸν κακὸν ἕξοντα, 480a1-4.”
Assim, “no caso de alguém cometer injustiça, o próprio ou alguém daqueles de
quem cuida, o próprio tem de ir espontaneamente, ἑκών, até ao local
onde possa vir a repor a justiça, δώσει δίκην, isto é, junto do juiz como se tivesse ido ao médico,
com toda a seriedade para que a doença que é a injustiça não se torne crónica e
faça da alma uma ulcera e sobretudo uma alma incurável, σπεύδοντα ὅπως μὴ ἐγχρονισθὲν τὸ νόσημα τῆς δικίας ὕπουλον τὴν ψυχὴν ποιήσει καὶ ἀνίατον, 480a6-b2”
O que habitualmente se pensa ser, então, é que a utilidade da retórica não
é nenhuma. Isto é, se a retórica só constitui “meios de defesa para desculpar
uma injustiça, τὸ ἀπολογεῖσθαι ὑπὲρ τῆς δικίας, do próprio, dos pais, dos companheiros, dos filhos ou
de uma injustiça perpetrada pela pátria, ela não tem utilidade nenhuma. A não
ser se se supuser que é no sentido inverso, ἐπὶ
τοὐναντίον, c1, isto é, que cada um deve antes atacar-se a si para
se acusar, κατηγορεῖν δεῖν μάλιστα μὲν ἑαυτοῦ, em seguida também cada um dos familiares ou qualquer
amigo que possa por acaso cometer uma injustiça.” (480b7-c3). Não se deve,
pois, tentar “esconder, μὴ ἀποκρύπτεσθαι, a injustiça, ἀδίκημα, mas trazê-lo à
luz do dia, εἰς τὸ φανερὸν ἄγειν, para que se reponha a justiça e se recupere a saúde e
que o próprio se obrigue a si e aos outros sem se acobardar (c3-c5) (…) a
perseguir o que é bom e belo e sem se preocupar com o que pode ser penoso”
(c7-8).” Assim, para que a retórica seja útil a quem quer que tenha perpetrado
uma injustiça, tem de ajudar “o próprio a ser o seu primeiro acusador bem como
dos outros que lhe
são próximos, para que, ao revelarem-se as injustiças perpetradas, se
livrem do mal supremo, ἀπαλλάττωνται τοῦ μεγίστου κακοῦ, da injustiça” (d3-7). De tal sorte que “se alguém
merecer a morte deve morrer, ἐάν δὲ θανάτου [ἄξια ἠδικηκὼς ῇ], ἀποθνῄσκοντα, 480d2-3.”
“Se estás a falar a sério”, Cálicles interpela agora Sócrates directamente,
“e o que tu dizes é o que é verdadeiro, não terá a nossa existência humana sido
virada do avesso e tudo aquilo que fazemos vai no sentido contrário daquele que
devia ter? ἄλλο τι ἢ ἡμῶν ὁ βίος ἀνατετραμμένος ἂν εἴη τῶν ἀνθρώπων καὶ πάντα τὰ ἐναντία πράττομεν, ὡς ἔοικεν, ἢ ἃ δεῖ; (481c1-3).”
ἕτερον ἡγήσασθαι μήτε ἕτερον ὂν ταὐτὸν μῶν οὐ τῆς διαλεκ-
τικῆς φήσομεν ἐπιστήμης εἶναι;
πολλῶν, ἑνὸς ἑκάστου κειμένου χωρίς, πάντῃ διατεταμένην
ἱκανῶς διαισθάνεται, καὶ πολλὰς ἑτέρας ἀλλήλων ὑπὸ μιᾶς
ἔξωθεν περιεχομένας, καὶ μίαν αὖ δι’ ὅλων πολλῶν ἐν ἑνὶ
συνημμένην, καὶ πολλὰς χωρὶς πάντῃ διωρισμένας· τοῦτο δ’
(e) ἔστιν, ᾗ τε κοινωνεῖν ἕκαστα δύναται καὶ ὅπῃ μή, διακρίνειν
κατὰ γένος ἐπίστασθαι.
Pl. Soph. 253d
3.
4.112
Der Zweck der Philosophie ist die logische Klärung der Gedanken.
Die Philosophie ist keine Lehre, sondern eine Tätigkeit.
Ein philosophisches Werk besteht wesentlich aus Erläuterungen.
Das Resultat der Philosophie sind nicht »philosophische Sätze«, sondern das
Klarwerden von Sätzen.
Die Philosophie soll die Gedanken, die sonst, gleichsam, trübe und
verschwommen sind, klar machen und scharf abgrenzen.
4.
5.61
Die Logik erfüllt die Welt; die Grenzen der Welt sind auch ihre Grenzen.
Wir können also in der Logik nicht sagen: Das und das gibt es in der Welt,
jenes nicht.
Das würde nämlich scheinbar voraussetzen, dass wir gewisse Möglichkeiten
ausschließen, und dies kann nicht der Fall sein, da sonst die Logik über die
Grenzen der Welt hinaus müsste; wenn sie nämlich diese Grenzen auch von der
anderen Seite betrachten könnte.
Was wir nicht denken können, das können wir nicht denken; wir können also
auch nicht sagen, was wir nicht denken können.
Wittgenstein, TLPh.
Frag.:
5.1 DL 7.62
- Dialéctica cobre tudo: o que é o
que não é neutro relativamente à verdade.
- Sobre sêmaiononta kais sêmainomena
- Theoria phones
5.3 Alexandre, In Top., 1, 8-14.
•
epistêmên tou eu legein, to d’eu legein en tôi ta
alêthê kai ta prosekonta tou eu legein einai tithemenoi
•
touto de idion hêgoumenoi tou philosophou kata tês
teleiotatês philosophias pherousin auto.
•
monos ho sophos kat’ autous dialektikos
5.6 DL 7.41-48
Retórica
•
epidíctica
•
jurídica
•
deliberativa
5. 15 DL 7.59
Claridade:
•
Helenismo
•
Claridade
•
concisão
•
propriedade
•
estilos apropriado
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