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Os
estoicos supõem que o universo (to holon) e a totalidade (to pan) são coisas
distintas, pois dizem que o cosmos é o universo (to holon), mas que o vazio
extracósmico com o cosmos é a totalidade (to pan) e que, por isso, o universo é
limitado (pois o cosmos está limitado), enquanto a totalidade (to pan) é
ilimitada, pois é assim o que se encontra fora do cosmos.
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12.2
Sexto Empírico, AM, 9.331-336
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O
cosmos diz-se de três maneiras, de acordo com os estoicos: o próprio deus,
individualmente qualificado a partir de toda a substância, o qual é
indestrutível e não gerado ao ser o demiurgo da ordenação cósmica e, segundo
certos lapsos de tempo qualitativamente determinados, ao absorver em si mesmo
toda a substância e gerá-la novamente a partir de si mesmo; também aplicam
“cosmos” à ordenação mesma dos astros e, em terceiro lugar, ao composto de
ambos. Assim, cosmos é o indivíduo qualificado peculiarmente a partir da
substância da totalidade das coisas ou… um sistema composto de céu e terra e os
seres naturais que há neles ou também um sistema composto e deuses e seres
humanos e das coisas que se geraram para eles.
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12.3.
DL. 7.137-140
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O
cosmos tem uma natureza que o administra. Isto pode reconhecer-se em primeiro
lugar a partir da ordem das suas partes, depois a partir da ordem em que se dão
os sucessos, em terceiro lugar, a partir do facto de que cada coisa foi criado
com vista a outra e que além do mais a partir de que todas as coisas possuem um
uso altamente benéfico.
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12.6
Cleómades, Cael. 1.1,3-18
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Dos
corpos, com efeito, uns estão vinculados por disposição, hecsei, outros por
natureza, physei, por alma, psuchêi, e, outros, por alma racional, logikê
psychêi. (…) A disposição é um sopro, pneuma, que retorna sobre si mesmo, pois
começa a estender-se a partir das partes centrais e vai até aos limites e,
tocando nas extremidades das superfícies regressa pelo caminho inverso e volta
ao lugar de onde saiu da primeira vez. Este duplo percurso percorrido
continuamente é próprio da disposição e é indestrutível. Às plantas deu-lhes
natureza, sendo esta uma mistura de diversas capacidades: nutrição,
transformação e crescimento. A alma distingue-se da natureza de três maneiras:
percepção, impressão e impulso. O ser humano recebeu o privilégio da razão
electiva, a qual tomou o hábito de compreender a natureza de todos os corpos e
todas as coisas no seu todo.
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12.7
Fílon de Alexandria, QD (quod Deus sit immutabilis) 35-45
Nota: Estas traduções são adaptações da tradução castelhana da obra de referência do curso.
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